sábado, 16 de outubro de 2010

Maratona de um vencido

Estou, agora , afugentado.
Correndo, bufando.
Por entre várias pessoas vou passando.
Entre animais, pessoas, casais, amores, o mundo em si.
O mundo me vê. Eu o vejo.
E enxergo nele muito potencial
Apesar de toda escolha e todo mal,
vejo uma esperança.
Não, não era uma esperança.
A última virtude de um mundo perdido, se foi.
Morreu, e ninguém a sepultou,
Merecia, entre tanta rutilância.
Dentro de mim, cresce uma vontade.
Voltar no tempo, nos tempos da Hélade.
Ver se o mundo era mesmo bom, mesmo virtuoso,
Nos chamados bons tempos...
Tempos clássicos, agora sepultados.
Ainda bem. Graças !
Minha corrida chega ao final, um final contraditório.
Voltei-me ao início, meu local de partida.

Um local vazio, como eu mesmo.
Vazio, vazio de sentimentos.
padeço aqui, no fim da corrida, sem poder dizer ao menos:
"Vitória!"






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