terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O céu e a poesia.

Os pontilhados naquele breu,
encolhem-me no universo,
e nas entranhas deste verso,
explodem em peito meu.

Em minha pequenês,
Prosto-me ante Deus,
Exulto feitos seus,
Envergonho-me dos parcos meus !

Bentidas nuvens, lar dos anjos !
Mas belas são as estrelas,
em seus eternos anos.

E continua a existir
o céu colossal
e as almas dos poetas consumir









Fúria

A ferocidade abraçou-me de forma pornográfica,
e nos seus braços fiz meu leito,
dormi um sono sanguinário,
sonhei um sonho de barbáries.

E os rostos das senhoras pálidas,
os gritos surdos das crianças sórdidas das ruas ecoavam,
mas não me acordavam,
e no meio daquele sono, finalmente descansei.

E assim, como que por mágica,
no decorrer de meu feito,
deito-me, em caixão imaginário
e morro, agora em paz.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

A morte de Jacob - ultimas considerações

Jacob se dera bem com a Morte. Ela lhe parecia justa e bela para ele. Mas ainda assim, ela o devorava. Escapar dela não seria uma opção, apesar de sua beleza e poesia, a morte deveria se afastar dele, desistir dele, deixá-lo escapar.

Mesmo que a vida fosse ruim, mesmo que tudo parecesse uma reles ilusão, agora que a havia perdido a Vida, ela lhe pareceu o seu bem mais precioso.E de fato o era :

" Mas a vida é assim, disse a Morte, é mais bela do que eu, mais agradável, porém traiçoeira, alguns nunca gostaram dela e a amaldiçoaram por este motivo : Pela instabilidade dela. Sou ao contrário, tenho apenas um aspecto inexorável, inacessível aos sentidos os humanos, sou apenas o Fim "


Como poderia Jacob discordar da Morte, o ente mais justo do universo ?











quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Morte e a Pós-Morte de um homem elegante - Parte 1 - Smokings e Toalhas

Quando vira pela primeira vez o homem vestido de smoking na poltrona de sua casa de praia, o homem vestido com a toalha gritou o mais alto do que podia e caiu nu no meio de sua própria sala, em sua própria casa.

E assim ele acordou, com uma sençasão torpe tapando o sol proveniente daquela janela que lhe invadia os olhos, causando incômodo e dor. Porém nada havia saído do lugar, nem mesmo homem de smoking sentado em sua poltrona. Nada havia saído do lugar, nem mesmo o sorriso calhorda do rosto daquele homem.

Eram inúmeros os problemas daquele homem, o que estava nu.
Era um suicida em potencial, estava nu e molhado ( não só com a água do chuveiro mas também de suor que escorria frio por todos os poros do corpo que alcançava com o olhar), havia um homem com o maior sorriso calhorda já visto em sua vida e se chamava Eustáquio.


O único problema do homem de smoking é que estava morto.