domingo, 22 de maio de 2011

Nostalgia no exílio da alma - Capítulo 2.

No alto da montanha é onde vivo, onde ninguém me vê, ou ouve minha voz. Posso contar a estúpida e ditosa história de minha vida curta, mas algo mais importante me interrompe nesse momento, em que recebo estranhas visitas, acho que são alemães, vestidos em belas armaduras, em belos Alasões que vêm perguntar...

"És tu o que veio para Trair e Mentir, és tu quem mataste teus próximos e arruinaste teu país ?"

Essa foi a pergunta, e é claro que eu saberia responder

"Muito prazer, mas o mais importante é : quem sois vós, destemidos cavaleiros ?"

Num instante, perco minha consciência. Noutro, estou com ela de volta, em outro lugar, de fronte a um rosto barbado e com ar de autoridade, em uma cadeira de madeira, com os dois cavaleiros ( alemães) ao meus lados...

Ao perceber o rosto do homem que me encara, eu tremo, talvez de uma estranha felicidade, mas o mais provável seria medo.Sim, o cavaleiro de coração Irascível também sente medo, e ainda mais medo dos mortos. E para mim, aquele homem deveria ser um homem morto.

E quem havia matado-o era eu, quando combatia sua Jyhad...
Sim, eu fui um Cruzado, e um Cruzado Honrado. Apenas nunca consegui ser alguém de compromisso com minha fé.

Minha bravura suplantava isso, como disse antes, traí os Cristãos porque queria lutar. Queria o sangue e o calor da batalha...
E é claro, os muçulmanos foram traídos por mim, quando venciam de novo a batalha.

E pelo que me lembro, o capitão das tropas islâmicas que me olhava no momento, já esteve com o fio de minha espada em seu coração...


Como que um raio suas palavras saíram acompanhadas de saliva, e eu ouvia atentamente à tudo

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