Bobo da Corte
baço com spleen, copo na mão, mão no braço,
passo a beber, besteiras faço.
Em hastes, minha mente faz malabares,
sou o bobo da corte, por ti abobado,
nas abóbadas de teu corpo me fez bobo da corte.
Nas volúpias de teu ser,
embriaguei-me, brinquei,
briguei com meu eu, e bêbado que estava
Perdi minha dignidade.
Não venci
De tudo vi, dali vim, e não venci.
Derrotado por mim mesmo.
Venci e perdi, mas por tal lado ter vencido,
perdi.
(escondo-me em um canto escuro de trevas e lá passo a me desculpar)
Não suporto, o cigarro queima em meus dedos,
De novo, uma derrota,
meus vícios derrotam minhas virtudes.
Seguindo a futura estrangulada,
meu corpo ri na vitória,
enquanto, na derrota, minha alma grita em dores de parto.
Soneto
ps: Apenas a forma, a métrica,não é de soneto.
Das desgraças a mais bela,
dos males, traz o maior bem,
Vem, até esse punhado de pó, vem,
causadora de minha mazela.
Mas tua mazela, me faz um masoquista,
amo sofrer por ti, e só sofrer por ti
amo ter que ver tudo o que vi,
por ti, má, que nas suas bondades ( poucas) me conquista.
E assim, nesse mar rebelde,
com remos quebrados,
sem barca nenhuma,
Danço contigo, uma musa nua,
e tu, está a rir,
prestes a me chutar, em desgraça, na rua.
Muito rico seu vocabulário...
ResponderExcluirTive que pegar o dicionário para ler o primeiro poema...
Prefiro coisas mais simples...Mas eles são muito bons...