domingo, 26 de dezembro de 2010

Um pouco de prosa: Primeira chegada de Virgílio ao Inferno e suas sensações.

As sensações daquele lugar em nada agradavam a visão do Poeta.
O som ambiente era realmente perturbador. Milhares de almas sufocadas pelo sofrimento eterno, almas incendiadas pelo fogo que nunca se apaga. Seus gritos matavam cada pedaço de seu corpo. Até o mais forte dos seres humanos padeceria perante a dissonância do lugar.
A visão era vermelho e preto numa junção de sangue e mais sangue, muitos degenerados e seu aspecto corrompido se tornando cada vez piores física e esteticamente, tudo podia piorar, e isso era o mais importante para um visitante ( ou residente) do local.
Os aromas exalados eram incomparáveis, uma mistura de todo o pecado humano convertido num fedor exalado eternamente. Inexplicável.

O Poeta sabia que não seria a última vez que visitaria tal local, mas sabia que seria melhor do que a próxima.



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